Talvez o que torna mais difícil responder a essa pergunta seja o fato de que a gente nem sabe o que está na moda no momento. Justamente porque moda é isso, momento, um código instantâneo criado sabe-se lá por quem e que torna-se quase uma regra não escrita.
Todavia, a moda não se restringe ao vestuário, atinge a pessoa como um todo, ou seja, não apenas aquilo que ela veste, mas até aquilo que ela é, molda seus pensamentos, sua personalidade, seus ideais. A moda diz o que as pessoas devem pensar.
Mas, além das meninas raquíticas bunda batida e perna de cambito, há outras tantas modas estranhas. Está na moda ser burro, falar errado, ser ignorante; continua na moda andar com camisa de Che Guevara só pra se sentir revolucionário (se bem que isso pode ficar classificado no ponto anterior, ser burro!); está na moda tirar foto na frente do espelho fazendo cara de garota da Playboy; está na moda as mulheres quererem empatar com os homens na sem-vergonhice; está na moda as meninas perderem a virgindade aos 13 ou 14 anos; está na moda acusar todo padre de pedófilo, todo pastor de ladrão e toda pessoa que confessa religião de falso, hipócrita e ignorante, muito embora a grande maioria dos milhões de brasileiros seja composta de católicos e evangélicos, e o preconceito religioso condenado pela Constituição.
Está na moda ser gay, bissexual, transexual, pansexual, multisexual, ter orgulho disso e querer que todos sejam também; está na moda jogar crianças pequenas em bueiros, lagoas, riachos e até das janelas dos prédios por – dizem – problemas de depressão pós-parto e transtornos afins; está na moda defender bandidos; está na moda casar por qualquer coisa e separar por qualquer coisa; está na moda ser livre, independente, liberal, amoral, cabeça aberta e ter de viver consumindo anti-depressivos, talvez porque quanto mais pretensamente livre o homem para entregar-se sem freios aos seus instintos animais, maiores são as aflições do vazio posterior que lhe esmaga.
Está na moda dizer que não se pode ter as mesmas opiniões, em pleno século XXI, sobre valores morais que se tinha no passado. Logo, se esse mundo chegasse ao século XXX, como seria? Como é bom não ficar aqui para saber.
Eu, definitivamente, não estou na moda. E você?
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Pensamento:
"Você deve manter sua mente aberta, mas não tão aberta que o cérebro caia."
Carl Sagan
2 Comentários
Mas eu discordo de você em um ponto: ser gay, pra mim é questão de escolha, e eles podem se orgulhar disso sim, e devemos respeitá-los por isso sim.
Discrimá-los por sua opção também é preconceito.
Beijo pra tu!
ganhou uma nova leitora! muito legal mesmo, estou fazendo um projeto sobre esse tema, e seu post me deu boas idéias, obrigada!
ps: o pensamento é dez também!