A campanha chega ao fim. Restam estes dois dias para as atividades, já que a legislação eleitoral permite a propaganda de rua até amanhã, véspera do pleito. Ninguém, certamente, pensa em descansar, muito pelo contrário, é hora de queimar as últimas energias, ir atrás dos indecisos, conquistar dois votos tomando um eleitor do adversário. O guia no rádio e na televisão acabou ontem, com a propaganda dos candidatos à Presidência da República e à Câmara dos Deputados.
Aliás, nesse quesito, os prenúncios dos primeiros dias de guia eleitoral foram confirmados até o último instante: o bom trabalho do marketing do governador e candidato José Maranhão, o péssimo trabalho do marketing de Ricardo Coutinho. A comparação do último guia dos dois, veiculados na quarta, foi emblemático. Os minutos do peemedebista foram técnica e plasticamente excelentes, buscaram emocionar, ganhar o eleitor pelo coração. O tempo do socialista foi exatamente o contrário: mal feito, frio, sem impacto.
Sejam quais forem os resultados das urnas, é certo que o desempenho de Ricardo nestas eleições poderia ter sido otimizado, se o marketing tivesse sido melhor executado. O rádio e, sobretudo, a TV, lidam com sensações. São veículos de massa. Na briga pelo voto na TV, é importante conquistar mentes, mas é inadmissível desprezar corações. Até porque, para um considerável estrato social, todos os candidatos são iguais, independentemente das propostas, tidas como promessas.
Para estes, o voto é influenciado por fatores subjetivos: a empatia, a emoção. O guia do PSB foi hermético, repetitivo, acentuou limitações do candidato, focou nas obras, quando deveria focar nas pessoas beneficiadas por elas. O guia de Maranhão fez o contrário, andou na cartilha, disfarçou os pontos fracos do governador, mostrou um candidato mais humanizado que outrora, emocionou ao trazer gente emocionada, agradecendo ao peemedebista pelas obras que realizou. Se a TV tiver a força de decidir eleição, Maranhão se deu bem.
Publicado no Diário da Borborema de 1º de outubro de 2010
Aliás, nesse quesito, os prenúncios dos primeiros dias de guia eleitoral foram confirmados até o último instante: o bom trabalho do marketing do governador e candidato José Maranhão, o péssimo trabalho do marketing de Ricardo Coutinho. A comparação do último guia dos dois, veiculados na quarta, foi emblemático. Os minutos do peemedebista foram técnica e plasticamente excelentes, buscaram emocionar, ganhar o eleitor pelo coração. O tempo do socialista foi exatamente o contrário: mal feito, frio, sem impacto.
Sejam quais forem os resultados das urnas, é certo que o desempenho de Ricardo nestas eleições poderia ter sido otimizado, se o marketing tivesse sido melhor executado. O rádio e, sobretudo, a TV, lidam com sensações. São veículos de massa. Na briga pelo voto na TV, é importante conquistar mentes, mas é inadmissível desprezar corações. Até porque, para um considerável estrato social, todos os candidatos são iguais, independentemente das propostas, tidas como promessas.
Para estes, o voto é influenciado por fatores subjetivos: a empatia, a emoção. O guia do PSB foi hermético, repetitivo, acentuou limitações do candidato, focou nas obras, quando deveria focar nas pessoas beneficiadas por elas. O guia de Maranhão fez o contrário, andou na cartilha, disfarçou os pontos fracos do governador, mostrou um candidato mais humanizado que outrora, emocionou ao trazer gente emocionada, agradecendo ao peemedebista pelas obras que realizou. Se a TV tiver a força de decidir eleição, Maranhão se deu bem.
Publicado no Diário da Borborema de 1º de outubro de 2010
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