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Neste sentido, o pleito deste ano é emblemático. A peemedebista Nilda Gondim conquistou uma vaga na Câmara Federal lastreada pelas bases políticas dos dois filhos, o deputado federal e senador eleito Vital do Rêgo Filho e o prefeito Veneziano Vital. Na verdade, dona Nilda entrou no jogo como “substituta” de Vitalzinho, que deixou uma reeleição quase certa para participar de uma disputa acirrada pelo Senado.
A situação de Nilda Gondim assemelha-se a de Eva Gouveia, agora deputada estadual eleita. Eva entrou na disputa quando o marido, o atual deputado federal Rômulo Gouveia (PSDB), foi convencido a assumir a função de vice na chapa do candidato ao Governo do Estado pelo PSB, Ricardo Coutinho. Receoso de ficar sem mandato, caso sua chapa não vença a eleição majoritária, Rômulo lançou a esposa, que foi eleita, evidentemente com o cabedal eleitoral do marido.
Já a deputada eleita Léa Toscano pode apresentar um currículo onde consta como a primeira mulher a ser prefeita do município de Guarabira, eleita em 1996 e reeleita em 2000. Hoje, já não pode-se dizer que Léa vive à sombra do marido, o atual deputado estadual Zenóbio Toscano, mas foi através dele que iniciou-se na política.
Um caso relativamente parecido com o da deputada reeleita Francisca Motta, que vai para seu quinto mandato na próxima legislatura. Francisca ingressou na política após a morte do marido, o ex-deputado federal Edivaldo Motta, falecido em 1992. Depois da morte de Edivaldo, Francisca foi vice-prefeita de Patos e, em 1994, conquistou o primeiro mandato na Casa de Epitácio Pessoa, onde permanece desde então.
Nestas eleições, outra mulher que deixa de exercer apenas a função – tantas vezes apenas decorativa – de primeira dama é Gilma Germano, esposa de Buba Germano, que é prefeito de Picuí e presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup).
Fecham a lista das varoas paraibanas eleitas este ano a vereadora Daniella Ribeiro e a deputada estadual reeleita Olenka Maranhão. As duas, no entanto, não entraram na vida pública como “Plano B” de maridos ou filhos, mas, mesmo assim, receberam a influência direta e, sobretudo, o apadrinhamento eleitoral de parentes de peso.
Daniella contou com a colaboração do pai, o ex-prefeito de Campina Grande e ex-deputado federal, Enivaldo Ribeiro, e Olenka com a ajudinha do tio, o governador José Maranhão. Nenhuma destas sete histórias, contudo, implica em demérito para suas protagonistas. Pelo contrário, estas mulheres políticas têm, na verdade, a missão de ajudar a derrubar barreiras de exclusão e preconceito, abrindo caminho para que outras venham a abraçar a política partidária. E como “Plano A”.
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