
Há oito anos, Efraim foi eleito para a Câmara Alta do Congresso na condição de um grande azarão. Superou dois ex-governadores Wilson Braga (então seu correligionário) e Tarcísio de Miranda Burity (PMDB), conquistando a segunda vaga – a primeira, vocês lembram, ficou com José Maranhão. O resultado provocou a ira de Braga, que saiu gritando aos quatro ventos ter sido traído por seu pupilo. Oito anos depois, Efraim passou a ser naturalmente um dos favoritos, mas saiu da condição de azarão para a de azarado e, em meio a uma onda de denúncias envolvendo sua atuação em Brasília, viu-se ficar apenas na quarta colocação do pleito, a última entre os principais candidatos.
Está certo que ainda há a tese de que ele integrava a lista negra do Planalto, que teria trabalhado fortemente para impedir a reeleição de figuras consideradas inimigos chaves, caso, por exemplo, dos piauienses Mão Santa (PSC) e Heráclito Fortes (DEM), do cearense Tasso Jereissati (PSDB), do amazonense Artur Virgílio (PSDB) e do democrata paraibano. Mas, de qualquer jeito, o desempenho de Efraim na eleição de 03 de outubro foi pífio. Sendo assim, mesmo que a Secretaria de Infraestrutura não tenha o glamour do Senado Federal, é o posto em que o demista poderá dedicar-se nos próximos anos, enquanto tenta organizar as estratégias para futuras eleições. A volta ao Senado, porém, parece um horizonte longínquo demais.
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