UEPB PROMETE ‘ANTIDOSSIÊ’ CONTRA ESPECULAÇÕES

A Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB) tentou, na assembleia geral da última terça-feira, aprovar a exigência de uma auditoria nas contas da universidade, mas a proposta acabou sendo rejeitada pela ampla maioria dos professores. Ainda assim, de acordo com o pró-reitor de Planejamento da UEPB, Rangel Júnior, para desfazer dúvidas e especulações, o setor financeiro da Estadual estaria preparando um balanço com o detalhamento da aplicação dos recursos empregados desde o primeiro mandato da reitora Marlene Alves.

“Para deixar muito claro que não há absolutamente nada a esconder, estamos preparando uma espécie de dossiê financeiro. É comum o dossiê ser feito por quem está espionando, mas nós vamos fazer uma espécie de anti-dossiê”, afirmou, irônico, Rangel. “Por exemplo, o professor Rangel Júnior, quanto recebeu de dinheiro nos últimos sete anos da gestão da reitora Marlene? Isso incluindo salários, as diárias, para onde eu fui... Uma passagem aérea emitida: para onde foi? Fazer o que? Vou justificar uma por uma, e assim será com cada membro da gestão”, explicou o pró-reitor.

Ainda de acordo com Rangel Júnior, não há data prevista para a conclusão e apresentação do “antidossiê”. Nós últimos meses, uma infinidade de especulações sobre um suposto inchamento da folha de pessoal, da lista de gratificações concedidas e da autorização de custeio de viagens têm circulado dentro e fora dos portões da UEPB. As suspeitas, até hoje nunca formalizadas, teriam sido o estopim para o pedido de auditoria feito pela ADUEPB e rechaçado pela assembleia dos professores. O suposto inchamento teria como motivação a disputa pela reitoria, que terá eleições em maio, e até mesmo a sucessão municipal, já que Marlene Alves é pré-candidata a prefeita de Campina Grande pelo PC do B.

Para Rangel Júnior, que terá o apoio de Marlene na eleição para reitor, as especulações não passariam de ações eleitoreiras de adversários. “Não há uma única denúncia sequer formalizada apontando alguma irregularidade na UEPB. Todos os procedimentos da universidade estão à disposição do Tribunal de Contas, estão no Sagres, no Portal da Transparência do Governo do Estado e da própria UEPB. Somos auditados constantemente. Essa história parece slogan de campanha. Se coaduna muito mais com um discurso de campanha, em razão da proximidade das eleições para a reitoria, e atribuo até a uma certa vontade de ‘queimar’ a imagem da reitora em virtude da sua pré-candidatura”, analisou.

Além de Rangel Júnior, José Cristóvão de Andrade, presidente da ADUEPB, deve disputar a eleição para a reitoria. O ex-vice-reitor da universidade, Flávio Romero, que atualmente é secretário de Educação do Município, também pode entrar na briga.

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