Até bem pouco tempo atrás, o deputado estadual Guilherme Almeida (PSC), ao insistir na manutenção da sua pré-candidatura a prefeito, era visto nas hostes peemedebistas apenas como mais um aliado que deixaria de integrar a sofrida base do partido para o pleito de outubro.
Nas últimas semanas, contudo, o neto de Elpídio de Almeida ganhou reforço com o aporte do PC do B, e pode engrossar ainda mais sua postulação com a chegada de outros partidos. Mas, não foi só isso. A posição política e pessoal de Guilherme nitidamente mudou.
Há alguns meses, o prefeitável ainda se portava como aliado do Palácio do Bispo. Defendia publicamente que o prefeito Veneziano Vital do Rêgo poderia subir em mais de um palanque e, embora avisasse que seria candidato com ou sem o apoio do cacique peemedebista, não negava que desejava seu apoio.
As coisas mudaram. As manobras de bastidores contra o projeto do deputado encontraram uma resposta dura e o recado de que, se efetivadas, teriam como efeito conseqüências drásticas. Guilherme bateu o pé. Quem pensou que o neto de Argemiro de Figueiredo era mais um subalterno, quebrou a cara.
Hoje, o pré-candidato sonha com o segundo turno e, para isso, o primeiro adversário a superar será justamente o PMDB. Se conseguir, pode pegar um vácuo, favorecido por características que beneficiam seu nome, para tentar chegar à segunda etapa da disputa.
É difícil, mas pelas particularidades das eleições deste ano, sobretudo a quebra da polarização entre dois grupos, ninguém pode dizer que seja impossível.
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