A Associação Campinense de Imprensa precisa enfrentar um processo de renovação da sua diretoria. Isso é uma realidade da qual poucos discordam. O rol de associados é
enorme, mas, na prática, parece que poucos contribuem com a entidade. E,
entre os jornalistas e radialistas mais jovens, é nítido o desinteresse
com a associação.
Porém, reconhecer a necessidade de mudança, de renovação e os problemas atuais não pode, sob nenhuma hipótese, transformar-se em um exercício de apedrejamento da atual direção, com Eliomar Gouveia, ou das gestões passadas, inclusive de Fernando Soares e Antônio Nunes, candidatos à presidência e vice no pleito agora impugnado pela justiça.
Porém, reconhecer a necessidade de mudança, de renovação e os problemas atuais não pode, sob nenhuma hipótese, transformar-se em um exercício de apedrejamento da atual direção, com Eliomar Gouveia, ou das gestões passadas, inclusive de Fernando Soares e Antônio Nunes, candidatos à presidência e vice no pleito agora impugnado pela justiça.
Creio mesmo que seria possível fazer uma campanha assentada em um discurso que combinasse o reconhecimento à dedicação dos amigos da “velha guarda” e a assertiva firme da necessidade urgente de renovação.
Nem que fosse muito lucrativo, pessoalmente e coletivamente, nem que fosse a maior honra do mundo, nem que rendesse o maior poderio político, jamais o cargo de presidente da ACI valeria a pena desde que, para conquistá-lo, fosse preciso atirar uma pedra, mesmo que pequenininha, em amigos honrados como Eliomar, Fernando e Antônio, gente boa e de bem.
Trabalhei com Eliomar, trabalho com Antônio e ainda estudante trabalhei com Fernando, a quem, inclusive, devo o agradecimento eterno pelas boas referências que sempre deu de mim, num testemunho fundamental ao início da minha carreira.
Não obstante, e certo de que isso em nada abalaria as relações com os três companheiros, votaria na chapa encabeçada por Márcio Rangel e Geovanes Santos, porque, embora tenha muito pouca proximidade com os dois e a despeito da ponderação de alguns colegas de que ambos não representariam a categoria porque teriam um comportamento dito “de estrela”, creio piamente que é preciso dar a vez à “jovem guarda”.
Ainda assim, e apesar da lamentar que o impasse tenha chegado a tal ponto, julgo que, ao buscar a justiça, a chapa impugnada não cometeu nenhum sacrilégio, porque a justiça é o caminho sensato de quem julga ter seus direitos feridos.
Como tantos da atual geração, jamais cheguei a me filiar à associação. Esse tumultuado processo de agora, porém, teve o efeito contrário ao que talvez fosse de se esperar, pois provocou o interesse de participar ativamente e internamente das discussões. Vou assinar a ficha, discutir de dentro, contribuir se possível, dentro do poucochinho que tenha a oferecer.
Tanto mais porque a sensação de agora é que, independente de onde vá terminar esse imbróglio, ninguém vai ganhar essa eleição, e todos vão perder.
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