A possível candidatura do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, a prefeito de Campina Grande, é vista por muitos como um mero balão de ensaio, aquelas pré-candidaturas que surgem apenas com finalidades especulativas ou interesse de viabilizar acordos futuros mais gordos.
E isso porque pesam contra os planos do deputado uma série de fatores. Um deles, a tradição de polarização das disputas em Campina Grande, com o eleitorado sendo catalisado para candidaturas encampadas por dois grupos ferozmente adversários.
Nessa esteira, postulantes que não sejam vinculados a um dos tais grupos tendem a ser vistos com descrédito, como aventureiros e desprovidos de possibilidades de vencer.
E, como se sabe, há um estranho fenômeno nas eleições pelo qual uma parcela significativa do eleitorado desiste de votar em um candidato quando imagina que ele não vencerá.
Caso a disputa conte com as presenças do atual prefeito Romero Rodrigues e do ex-prefeito e hoje deputado federal Veneziano Vital, as chances do socialista serão nulas de vez, porque o embate entre o tucano e o peemedebista não deixará vácuo para o progresso de outro concorrente.
Ainda na lista dos aspectos que pesam contra Adriano, é preciso considerar o fato de não ser visto como um candidato de Campina (apesar de ter nascido na cidade), sendo enxergado como forasteiro, o que tenderá a causar uma forte rejeição ao seu nome.
Um problema que até poderia ser superado, como foi por Elpídio de Almeida em 1947, mas, no caso de Adriano, soma-se que ele tem sua imagem fortemente vinculada a Pocinhos, onde foi prefeito por três mandatos.
Caso vá para disputa, o parlamentar se verá em dificuldades com as próprias limitações, sobretudo para debater e expor raciocínios claros sem escorregar nos argumentos e chocar o eleitor.
Desde que assumiu a presidência da Assembleia Legislativa, Galdino várias vezes pecou por declarações infelizes, mal colocadas, exageradamente verdadeiras ao ponto de colocá-lo em sérias dificuldades no contexto de uma refrega eleitoral.
E essa deficiência, também corrigível, acaba se mantendo também porque é muito improvável que algum assessor ou aliado próximo tenha a coragem de tratar diretamente com Adriano.
Aliás, o poder atrai uma multidão de áulicos e deslumbra a ponto de muitos só ouvirem os aplausos e repudiarem qualquer palavra que não seja elogio. Se este for o caso de Galdino, está em maus lençóis.
O presidente da Assembleia Legislativa sabe que suas chances são pequenas. Mas, velha raposa que é, aposta as fichas numa possibilidade que daria algum fôlego ao seu sonho: a não candidatura de Veneziano. Aí, é esperar para ver.
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Se quiser ouvir a coluna de Lenildo Ferreira no site da Campina FM, clique AQUI
E isso porque pesam contra os planos do deputado uma série de fatores. Um deles, a tradição de polarização das disputas em Campina Grande, com o eleitorado sendo catalisado para candidaturas encampadas por dois grupos ferozmente adversários.
Nessa esteira, postulantes que não sejam vinculados a um dos tais grupos tendem a ser vistos com descrédito, como aventureiros e desprovidos de possibilidades de vencer.
E, como se sabe, há um estranho fenômeno nas eleições pelo qual uma parcela significativa do eleitorado desiste de votar em um candidato quando imagina que ele não vencerá.
Caso a disputa conte com as presenças do atual prefeito Romero Rodrigues e do ex-prefeito e hoje deputado federal Veneziano Vital, as chances do socialista serão nulas de vez, porque o embate entre o tucano e o peemedebista não deixará vácuo para o progresso de outro concorrente.
Ainda na lista dos aspectos que pesam contra Adriano, é preciso considerar o fato de não ser visto como um candidato de Campina (apesar de ter nascido na cidade), sendo enxergado como forasteiro, o que tenderá a causar uma forte rejeição ao seu nome.
Um problema que até poderia ser superado, como foi por Elpídio de Almeida em 1947, mas, no caso de Adriano, soma-se que ele tem sua imagem fortemente vinculada a Pocinhos, onde foi prefeito por três mandatos.
Caso vá para disputa, o parlamentar se verá em dificuldades com as próprias limitações, sobretudo para debater e expor raciocínios claros sem escorregar nos argumentos e chocar o eleitor.
Desde que assumiu a presidência da Assembleia Legislativa, Galdino várias vezes pecou por declarações infelizes, mal colocadas, exageradamente verdadeiras ao ponto de colocá-lo em sérias dificuldades no contexto de uma refrega eleitoral.
E essa deficiência, também corrigível, acaba se mantendo também porque é muito improvável que algum assessor ou aliado próximo tenha a coragem de tratar diretamente com Adriano.
Aliás, o poder atrai uma multidão de áulicos e deslumbra a ponto de muitos só ouvirem os aplausos e repudiarem qualquer palavra que não seja elogio. Se este for o caso de Galdino, está em maus lençóis.
O presidente da Assembleia Legislativa sabe que suas chances são pequenas. Mas, velha raposa que é, aposta as fichas numa possibilidade que daria algum fôlego ao seu sonho: a não candidatura de Veneziano. Aí, é esperar para ver.
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