Um vendedor de fogueiras ouvido na manhã desta sexta-feira, 21, pelo repórter Victor Silva, da Campina FM, revelou que parte da lenha comercializada por ele no bairro do Centenário teria uma origem irregular, sendo produto da poda de árvores por funcionários da Secretaria de Serviços Urbanos do Município.
O repórter fazia uma matéria sobre a venda de lenha na cidade, que vem diminuindo nos últimos anos, e questionou o vendedor sobre a origem da madeira. “Essa madeira é podada. O pessoal da prefeitura poda no meio da rua, chega aqui e me vende, e eu também compro de Cabaceiras”, explicou Josenilson Farias.
Perguntado sobre por quanto compra a lenha aos funcionários da prefeitura, ele explicou: “Vendem assim, ‘no olho’. Vem o caminhão, assim, vende geralmente por R$ 100, R$ 200, os caras que podam”. É perceptível que o comerciante age de boa-fé e não tem noção de que a lenha das podas de árvores não poderia ser vendida pelos servidores.
PADARIAS
Quando a reportagem foi veiculada no Jornal do Meio-Dia, a equipe da Campina FM recebeu uma mensagem, por meio do WhatsApp, de um homem que afirmou que a prática da venda de madeira originada a partir da poda de árvores seria comum na cidade. E mais, segundo ele, fora do período junino o produto seria vendido a padarias que ainda possuem fornos que utilizam esse tipo de insumo.
RESPOSTA
A reportagem da Campina FM procurou a coordenadora de meio-ambiente da Prefeitura de Campina Grande, Denise de Senna. Ela se mostrou surpresa com a denúncia. “Não temos conhecimento de que nossos trabalhadores vendem essa lenha. A pessoa que está comercializando essa lenha, eu solicito que nos informe quem foram esses trabalhadores porque não é do nosso conhecimento”, disse.
Ela afirmou que há várias equipes realizando o serviço de poda e que esta é a primeira vez que a Sesuma recebe uma denúncia do tipo. De acordo com Denise, a lenha oriunda das árvores podadas é destinada a obras do município, sobretudo no Aluízio Campos, onde há uma área reservada para receber a madeira.
0 Comentários