Presidente da ACCG sobre vírus e crise econômica: "Precisamos vencer os dois”


A Frente Parlamentar de Empreendedorismo e Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa da Paraíba realizou nesta quarta-feira, 25, uma reunião online para debater medidas econômicas em decorrência da pandemia do coronavírus. Entidades representativas do setor produtivo participaram da discussão, caso da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande.

Durante entrevista à Campina FM, o presidente da ACCG, Marcos Procópio, defendeu que haja “um olhar holístico sobre todo o problema”, apontando uma perspectiva que fuja da dicotomia incoerente que tomou os debates nos últimos dias e tem tratado a necessidade de cuidados com a saúde das pessoas e de preservação das empresas como uma relação de conflito.

A Associação Comercial propôs a montagem de um observatório econômico para, segundo Marcos, possibilitar “um olhar econômico mais clínico sobre as finanças do Estado e dos municípios, e qual o impacto deverá haver na arrecadação, assim como quais as consequências desse impacto”.

A entidade também defendeu a suspensão das chamadas obrigações acessórias, que aumentam a burocracia sobre o setor produtivo que, além do mais, está impossibilitado de atendê-las em um cenário de repartições fechadas. Outro pedido foi o parcelamento do ICMS relacionado aos meses de março e abril.

Ao invés das discussões estanques sobre as consequências da pandemia, Procópio sustenta a necessidade de uma política una de enfrentamento à crise e seus efeitos. “Sabemos que é preciso cuidar do vírus e cuidar das pessoas tendo um olhar mais holístico das suas necessidades. É preciso ter um olhar mais econômico, em que você saiba das necessidades de todos sob uma ótica mais humana. O vírus do desespero é mais rápido e mais letal que o coronavírus, e nós precisamos vencer os dois”, concluiu.

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